quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Até a escolha das armas envolve política

Podemos acompanhar pelos noticiários a história dos caças que o governo brasileiro pretende comprar. Nesta semana a Força Aérea Brasileira finalizou o relatório técnico onde aponta como a melhor opção técnica o caça sueco, e a pior o francês. Lembrando que anteriormente o presidente Lula declarou apoio ao caça francês.

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Agora, por quê estou falando disso aqui? Bem, na nossa área de desenvolvimento de software essa situação é bastante comum. Constantemente precisamos analisar quais armas, ou melhor, ferramentas e bibliotecas utilizaremos no desenvolvimento. Isso envolve tanto a parte técnica como "política" da empresa.

Quando temos a necessidade de uma ferramenta ou biblioteca, o primeiro passo é fazer uma análise técnica, verificar se ela atenderá as nossas necessidades. Muitas vezes a utilização de uma determinada biblioteca nos dá 20% mais de produtividade, mas por outro lado, gera 30% a mais de problemas, ou seja, sempre devemos pesar os prós e os contras.

Depois de uma análise técnica, a decisão final acaba sendo política. Normalmente são os gestores das empresas que dão a palavra final. Esse caminho normalmente está correto, afinal, a empresa sempre tem suas parcerias, suas metas a longo prazo e diversos aspectos além da solução do problema imediato. Nesse ponto, uma análise que não seja focada exclusivamente na solução imediata é muito importante.

Porém, só tem um pequeno detalhe, para que um gestor resolva escolher a ferramenta que custa o dobro do preço e foi a que obteve a pior avaliação técnica, tem que ter ótimos motivos políticos!!!!